INTRODUÇÃO
O homem praticava lutas
desde os tempos antigos, apenas para a sobrevivência e para as disputas por
conquistas territoriais, as lutas passaram a ser utilizadas em confrontos dos
exércitos das nações.
Como
em toda pratica desportiva a pratica de artes marciais também ocasionam lesões.
Nos esportes de combate á um elevado número de praticantes e atletas
lesionados. Fato ocorrido com atletas em treinamentos e principalmente após
eventos relevantes como campeonatos mundiais e olímpicos culminando com
cirurgias para agravos pré-existentes, e muitas vezes treinam e competem já
lesionados, mesmo com limitações na amplitude de movimento e força,
prejudicando o desempenho competitivo.
As
lesões desportivas (LD) influenciam o treinamento, os exercícios e a dinâmica
na intensidade dos estímulos, quando adquiridas na situação prática, limitam
fisicamente e psicologicamente em curto, médio e longo prazo, sendo os
desportos de contato os que apresentam maior risco de lesão (ALMEIDA 1991).
Segundo
Franchini (2008) um elevado percentual de gordura corporal, perda de força de
membros superiores reduzidas e baixa flexibilidade, aumentam os riscos dos
atletas se lesionarem e, de acordo com
Almeida (1991), os fatores de risco podem ser intrínsecos, aqueles relacionados
a: idade, sexo, condição física, desenvolvimento motor, alimentação e fatores
psicológicos, e os extrínsecos estão relacionados a: especificidade técnica de
cada modalidade, tipo de equipamento usado, organização do treino e da
competição, cargas do treino e da competição e condições climáticas.
Dessa forma serão elencadas as principais lesões em
duas modalidades de artes marciais distintas, sendo uma de percussão e outra de
domínio.
OBJETIVO GERAL
Mostrar as principais lesões no esporte de combate,
comparando as modalidades de judô e taekwondo.
AS
LESÕES DESPORTIVAS
Efeito de lesar, causar
dano, prejuízo, ofensa. Medicina: perturbação causada ao tecido de um órgão,
como ferida, contusão, inflamação, tumor etc.: estado agravado por lesões
internas.
As
lesões decorrentes da prática de modalidades esportivas são frequentes e geram
preocupações constantes na vida tanto do atleta, do técnico, como dos
dirigentes esportivos, pois além do prejuízo físico e psíquico para o atleta,
também e prejuízo financeiro para o clube e geram dificuldades para o técnico
em seu plano geral de treinamento (Amorim et al., 1989).
Quando a lesão é aguda (entorse, luxação,
fraturas), os fatores de risco externos (causado por traumas repetitivos)
apresentam maior relação, com a combinação dos dois fatores de risco, que são a
causa mais comum das lesões no esporte. Segundo Meneses (1983) as lesões
classificam-se em: típicas e atípicas. As lesões típicas representam aquelas
mais frequentes na prática esportiva. Ocorrendo tanto no treinamento quanto na
competição. Já as lesões atípicas, são acidentais, ou seja, as que não são
comuns ocorrendo de forma rara no esporte.
Meneses (1993) cita que, as lesões articulares são comuns nos esportes de contato, a exemplo das entorses e luxações, da mesma forma que as lesões musculares. Howe (citado por Ouriques, 1999) comenta sobre a alta incidência de lesões nos esportes de contato.
Meneses (1993) cita que, as lesões articulares são comuns nos esportes de contato, a exemplo das entorses e luxações, da mesma forma que as lesões musculares. Howe (citado por Ouriques, 1999) comenta sobre a alta incidência de lesões nos esportes de contato.
Segundo
Franchini (2008) as lesões classificam nos planos dérmico, ósseo, muscular e
articular. No plano dérmico lesiona por meio de: contusão, hematoma, abrasão,
perfuração, lacerações, incisão e avulsão.
No
plano ósseo as lesões decorrem de fraturas. Nas articulações, as lesões mais
constantes são entorse, luxações, sub-luxações. Nos músculos, a distensão é a LD mais comum, dividindo se em niveis que vão de estiramento leve à ruptura muscular completa.
Segundo Barsottini et. Al. ( 2006 ), por meio de relato de questionário fechado nas competições regionais em 2004 em São Paulo, verificou-se que as lesões de joelho, ombro e tornozelo foram as mais freqüentes, com os golpes: Ippon, seoi Nague, o Tai otoshi e o Uchi mata.
De acordo com a pesquisa as lesões no Judô foram classificadas de grau leve, onde não resultaram em afastamento de treino ou competição; moderado teve o afastamento dos treinos ou da competição e grave quando o afastamento foi maior que um dia de treino ou competição. Portanto 23% das lesões foram na articulação do joelho, 16% para ombro, 22% em dedos da mão e pés e as demais 39% sendo elas, no torax, punho , clavícula, coluna lombar, cotovelo e viliria.
Com isso, encontraram-se 10% de lesões leves, 9 % moderados e 64% de graves, com relaçao ao treino e competição. Assim, em treino, 8% foram classificados leves, 9 % moderados e 54% graves, já em competição houve 5% de lesões leves, 2% moderados e 22% grave. Sendo o Ippon Seoi Nague e o Tai Otoshi os golpes maior prevalência nas lesões.
Fontes:
FRANCHINI, Emerson; DEL VECCHIO, F. Boscolo. Preparação Física para atletas de Judô. São Paulo: Phorte, 2008.
GRISOGONO, Vivian. Lesões no Esporte. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
BARSOTTINI, Daniel et. al., Relação entre técnicas e lesões em praticantes de Judô. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 12, n.1, p. 56-60, Jan./Fev., 2008.
Segundo Barsottini et. Al. ( 2006 ), por meio de relato de questionário fechado nas competições regionais em 2004 em São Paulo, verificou-se que as lesões de joelho, ombro e tornozelo foram as mais freqüentes, com os golpes: Ippon, seoi Nague, o Tai otoshi e o Uchi mata.
De acordo com a pesquisa as lesões no Judô foram classificadas de grau leve, onde não resultaram em afastamento de treino ou competição; moderado teve o afastamento dos treinos ou da competição e grave quando o afastamento foi maior que um dia de treino ou competição. Portanto 23% das lesões foram na articulação do joelho, 16% para ombro, 22% em dedos da mão e pés e as demais 39% sendo elas, no torax, punho , clavícula, coluna lombar, cotovelo e viliria.
Com isso, encontraram-se 10% de lesões leves, 9 % moderados e 64% de graves, com relaçao ao treino e competição. Assim, em treino, 8% foram classificados leves, 9 % moderados e 54% graves, já em competição houve 5% de lesões leves, 2% moderados e 22% grave. Sendo o Ippon Seoi Nague e o Tai Otoshi os golpes maior prevalência nas lesões.
Por causa da especificidade do taekwondo a grande
possibilidade de erros na execução da técnica pode-se aumentar a prevalência de
lesões. (BASTOS et al., 2009;GUIMARÃES; SACCO; JOÃO, 2007; NETO JÚNIOR; PASTRE;
MONTEIRO,2004). De acordo com Lystad, Pollard e Graham (2009) a maioria das
lesões nessa modalidade ocorre devido ao contato e grande parte delas é
classificada em grau leve a moderado.
Estudos indicam que o mecanismo mais comum de lesão
relatado no taekwondo é o receber um chute (defesa) e pelo movimento de dar um
chute (ataque) (KAZEMI; PIETER, 2004; KAZEMI; SHEARER; CHOUNG, 2005; KAZEMI et
al., 2009; LYSTAD; POLLARD; GRAHAM, 2009). Para Kazemi et al (2009) o nível de
experiência do competidor influenciou diretamente na ocorrência de lesão,
entretanto, para Lystad, Pollard e Graham (2009) a idade, o sexo e o nível de
pratica do atleta não interferem no risco de lesão.
Estudos de Kazemi et al. (2009) indicam que as três
regiões corporais mais comuns de lesão em lutadores de taekwondo foram cabeça,
pé e coxa, com a lesão mais comum sendo a entorse, conclui-se que as lesões
agudas foram mais frequentes que as crônicas, sendo a região do pé a mais
acometida por entorse e fratura. Os mecanismos causadores das lesões foram o
ataque e defesa.
Segundo Tamborindeguy et al. (2011) as lesões mais frequentes
em atletas da modalidade de taekwondo acontecem no membro inferior,
principalmente no pé por fratura e entorse, seguido por coxa, joelho e
tornozelo.
Na pesquisa de Tamborindeguy et al. (2011) seis dos 10
atletas sentiam algum tipo de desconforto corporal após a competição ou sessão
de treino intenso no quadril (2), na coxa (2), no joelho (1),na perna (2) e/ou
no tornozelo (1). Constatou-se que oito
entre dez atletas já teve algum tipo de lesão aguda advinda da prática do
taekwondo, incidindo principalmente nos membros inferiores, sendo a região do
pé a mais acometida (7/10) por entorse e fratura.
Fontes:
FRANCHINI, Emerson; DEL VECCHIO, F. Boscolo. Preparação Física para atletas de Judô. São Paulo: Phorte, 2008.
GRISOGONO, Vivian. Lesões no Esporte. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
BARSOTTINI, Daniel et. al., Relação entre técnicas e lesões em praticantes de Judô. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 12, n.1, p. 56-60, Jan./Fev., 2008.
SANTOS, Saray G., DUARTE, Maria de F. da S., GALLI, Mauro Luciano.
Estudo de algumas variáveis físicas como fatores de influência nas lesões em
judocas. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, v.3, n.1,
p. 42-54, 2001.
TAMBORINDEGUY, Aline Cavalheiro; TIRLONI, Adriana Seára; REIS,
Diogo Cunha dos; FREITAS, Cíntia de La Rocha; MORO, Antônio R. Pereira; SANTOS,
Saray Giovana dos. Incidência de lesões e desvios posturais em atletas de
taekwondo. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v.33, n.4, p. 975-990,
2011.
CARVALHO, P. Angel et. Al.. Prevalência de lesões no Judô de alto
rendimento, Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício, v. 8, n. 1, p.
14-19, jan./março, 2009.